Bolsonaro nega pedido para PRF fazer campanha a seu favor em 2022
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter solicitado que o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques fizesse campanha a seu favor nas eleições de 2022 em depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU), nesta terça-feira (5). Bolsonaro foi ouvido como testemunha em um processo sigiloso aberto pela CGU que investiga a conduta de Silvinei durante as últimas eleições presidenciais.
Silvinei foi indiciado pela Polícia Federal (PF) em agosto deste ano, juntamente com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e outros quatro policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça para atuar nas eleições presidenciais de 2022, por conta de operações suspeitas realizadas pela PRF no Nordeste no dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2018.
Em seu depoimento, Bolsonaro esteve acompanhado por dois advogados e foi questionado apenas pela defesa de Silvinei. Os membros da CGU responsáveis pelo processo administrativo não fizeram nenhuma pergunta ao ex-presidente.
Silvinei é investigado pela CGU por ter participado de eventos oficiais, concedido entrevistas e feito publicações nas redes sociais pedindo voto para Bolsonaro. Ele ficou preso durante quase 1 ano, mas foi liberado em agosto deste ano após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou que cumprisse medidas cautelares, incluindo uso de tornozeleira eletrônica, suspensão do porte de armas, cancelamento do passaporte e apresentação semanal à Justiça, além de não poder se comunicar com os demais investigados no inquérito.