Ministro do STF nega pedido de Eduardo Cunha para anular condenações na Lava Jato
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nesta quarta-feira (6), um pedido apresentado pelos advogados do ex-deputado Eduardo Cunha (RJ) para que todas as suas condenações no âmbito da Operação Lava Jato fossem anuladas.
A defesa de Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, pediu ao Supremo que estendesse os efeitos da decisão que considerou o ex-juiz Sergio Moro, hoje senador da República, suspeito para atuar nos casos envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No caso de Lula, todas as condenações foram anuladas pelo STF. Recentemente, Toffoli beneficiou alguns dos maiores alvos da operação, como os empresários Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro.
De acordo com os advogados de Eduardo Cunha, há indícios claros de um suposto conluio entre Moro e os procuradores que atuaram na Lava Jato. A base do pedido foram as mensagens vazadas por hackers e apreendidas na Operação Spoofing, da Polícia Federal (PF).
Em sua decisão, no entanto, Toffoli avaliou que não havia conexão entre os casos de Cunha e Lula que justificasse a anulação das condenações. Ainda de acordo com o ministro, o pedido do ex-presidente da Câmara poderá ser apreciado por outras instâncias do Poder Judiciário.