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Vitória de Trump pode minar agenda fiscal brasileira, diz analista

Segundo o cientista político Leonardo Barreto, a vitória de Donald Trump pode colocar Lula na defensiva e prejudicar o pacote de revisão de gastos do governo brasileiro.

Contexto da vitória republicana

O cientista político Leonardo Barreto, sócio da consultoria Think Policy, avalia que a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos pode prejudicar a agenda fiscal brasileira. Barreto destaca que o retorno de Trump com resultados contundentes nas urnas soma-se a um conjunto de “razões objetivas” que podem colocar o presidente Lula “na defensiva”. Além disso, ele aponta que o PT ainda não conseguiu entender por que se saiu mal das eleições municipais e agora tem outra esfinge à sua frente.

Caminhos para contornar a situação

Para contornar a situação, Barreto sugere que o governo brasileiro encaminhe a discussão no formato de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), reforçando as regras fiscais, para ser aprovada em 2025 e ter vigência no ano seguinte, 2026. Neste caso, as sanções para a hipótese de descumprimento ficariam apenas para 2027. Ele afirma que o momento é de acelerar e não de frear, e que o governo pode até anunciar algo, mas seu objetivo não deve ser outro que não ‘tourear’ o mercado e a sociedade.

Conjuntura atual

Barreto destaca que a conjuntura atual reforça a tendência de uma administração que tente suportar um cenário macroeconômico pior no Brasil, buscando uma compensação com medidas direcionadas de crédito, transferências e socorros setoriais, e doses de “malabarismo fiscal”. Por outro lado, o aprofundamento do movimento de desvalorização do real em relação ao dólar pode aumentar a pressão sobre o governo brasileiro por medidas de ajuste nas contas públicas.


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