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Coalizão governista alemã entra em colapso

Chanceler demite ministro das Finanças e abre caminho para eleições antecipadas, em meio à crise política na maior economia da Europa.

Coalizão governista alemã entra em colapso

A coalizão governista da Alemanha entrou em colapso quando o chanceler Olaf Scholz demitiu seu ministro das Finanças e abriu caminho para uma eleição antecipada. Depois de demitir o ministro das Finanças, Christian Lindner, do partido Democratas Livres (FDP), Scholz deverá liderar um governo de minoria com seus social-democratas e os Verdes, o segundo maior partido da coalizão. Ele terá que contar com maiorias parlamentares pontuais para aprovar legislação e planeja realizar um voto de confiança parlamentar em seu governo em 15 de janeiro.

O colapso da coalizão de três partidos de Scholz encerra meses de disputas sobre a política orçamentária e o rumo econômico da Alemanha, enquanto a popularidade do governo despenca e forças de extrema-direita e de extrema-esquerda ganham força. Uma reviravolta política pode alimentar a crescente frustração com os partidos tradicionais da Alemanha, beneficiando movimentos populistas mais jovens, incluindo o partido anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AfD).

Impactos da crise política na Alemanha

A crise política na Alemanha ocorre em um momento crítico para a economia do país, com uma economia estagnada, infraestrutura envelhecida e Forças Armadas despreparadas. Além disso, a turbulência política na Alemanha e na França pode dificultar os esforços de aprofundar a integração do bloco da União Europeia. A coalizão governista tem discordado sobre qual é o melhor caminho para resgatar a maior economia da Europa, que enfrenta seu segundo ano de contração e crise em seu modelo econômico.

Posicionamentos dos partidos

O FDP propôs cortes nos gastos públicos, redução de impostos e menos regulamentação como solução para a crise econômica. O partido também deseja desacelerar a transição da Alemanha para uma economia neutra em carbono. O SPD e os Verdes, embora discordem em alguns pontos, acreditam que é necessário um gasto governamental direcionado. O ministro da Economia, Robert Habeck, dos Verdes, fez uma concessão significativa ao FDP na segunda-feira, ao dizer que os fundos reservados para subsídios de uma nova fábrica de chips da Intel poderiam agora ser usados para cobrir o déficit no Orçamento para o próximo ano.


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