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Copom eleva Selic para 11,25% ao ano

Especialistas avaliam que títulos atrelados à inflação seguem atraentes, enquanto o cenário para a renda fixa no setor privado se torna mais desafiador. XP revisou sua previsão para a Selic.

Copom eleva Selic para 11,25% ao ano

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) pela elevação em 50 pontos-base na taxa básica de juros (Selic), para 11,25% ao ano, nesta quarta-feira (6), veio com sinalizações para maior persistência inflacionária e um ciclo de aperto monetário mais forte.

Em live de repercussão sobre a decisão do Copom feita pelo InfoMoney na noite desta quarta-feira (6), a head de Renda Fixa no Research da XP, Camilla Dolle, explicou que mesmo diante da expectativa de novos aumentos na taxa de juros, em sua estratégia, os títulos pós-fixados atrelados à Selic estão mais relacionados à alocação para caixa, na reserva de emergência.

No comunicado da decisão publicado pelo Copom após a reunião, a desancoragem das expectativas de inflação por um período mais prolongado e a resiliência na inflação de serviços foram riscos de alta destacados.

A XP revisou seu cenário para a Selic: antes prevendo uma taxa básica de juros em 12% em janeiro de 2025, a casa avalia um valor de 13,25% em maio do próximo ano. A avaliação é de que a Selic deve passar por ajustes sucessivos de 50 pontos-base até atingir este valor, manter o patamar e retomar cortes nas duas últimas reuniões de 2025, batendo 12,25% em dezembro do ano que vem.

O cenário de aumento dos juros deve servir para diminuir ainda mais a diferença na remuneração de títulos públicos atrelados à Selic e títulos privados, como debêntures. Segundo avaliou a head de Operações de Investimentos da UNICRED do Brasil, Patricia Palomo, a alta demanda por títulos desse tipo apertou ainda mais seus prêmios na comparação com aqueles emitidos pelo Tesouro, livres de risco.


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