Porto espera voltar a distribuir 50% do lucro em dividendos
A Porto (PSSA3) acredita que poderá voltar a distribuir 50% do seu lucro em dividendos caso a empresa continue entregando resultados consistentes. “Com a lucratividade e a geração de valor que estamos tendo, a tendência é que, nos próximos anos, a gente volte a ter nossa distribuição de 50%”, afirmou Celso Damadi, CFO da companhia, em coletiva de imprensa sobre os resultados do terceiro trimestre de 2024.
O executivo explica que, nos últimos anos, a companhia vem distribuindo de 43% a 45% dos lucros em proventos. “No passado, já tivemos uma distribuição de 50%”, relembra.
Excesso de capital dá tranquilidade para o crescimento
Historicamente, a Porto é uma companhia que trabalha com excesso de capital e esse valor que excede a demanda regulatória poderia ser utilizado para aumentar o seu payout. No entanto, os executivos deixam claro que querem ter colchão para suportar o crescimento da empresa via diferentes verticais de negócios.
“Esse excesso de capital dá uma tranquilidade para o nosso crescimento”, afirma Damadi. “Se precisarmos crescer mais – e vamos – temos capital suficiente para isso”.
Diversidade de negócios favorece gestão de alocação de capital
O CEO da Porto, Paulo Kakinoff, ressaltou que que a diversidade de negócios faz com que a empresa esteja exposta a diferentes mercados e ambientes de volatilidade. “E a gente consegue absorver essas eventuais variações sem que haja uma grande demanda adicional de capital global”, complementa.
Kakinoff lembra que o seguro de automóveis já chegou a representar mais de 80% da receita da companhia. Hoje, essa fatia foi reduzida a pouco mais de um terço e, ainda que cresça, mantém “a tendência de representar menos do que isso”. Segundo ele, o crescimento das outras verticais da companhia favorecem a gestão de alocação de capital dentro da holding.
Expectativas para o futuro
“Se a gente fizer tudo certo, possivelmente vamos repetir outros trimestres como esse, de todas as verticais e praticamente todos os segmentos, crescendo. Mas não é algo que depende exclusivamente da gente, estamos expostos à macroeconomia, ao ambiente competitivo”, conclui.
Júlio Rossato