Ações da Casas Bahia caem 65% em 2024
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) e registrou queda de 65% em suas ações no ano. A XP prevê um cenário semelhante ao do 2T para o e-commerce, com demanda fraca pelas taxas de juros altas. Para o BTG Pactual, o e-commerce brasileiro precisa escolher entre crescimento e lucratividade. O banco espera que o GMV online das Casas Bahia caia 13% ano a ano, com a margem Ebitda pós-IFRS16 crescendo para 7,2%. A companhia terminou setembro com uma relação de dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 3,34 vezes.
Resultados do 3T24
A Genial Investimentos espera um conjunto fraco de resultados, mas com importante recuperação nas vendas de lojas físicas. A estimativa da Genial é de avanço anual de 5,5% nas vendas nas mesmas lojas, acima da inflação geral acumulada dos últimos 12 meses. Os analistas da casa avaliam que o crescimento do volume de vendas das lojas físicas vem necessariamente acompanhado de uma maior concessão de crédito pela companhia. Como o FIDC ainda não está operacional, o risco em conceder crédito é integralmente do Grupo Casas Bahia. Os analistas ainda apontam que o aumento da carteira de crédito traz consequências no resultado, como o aumento de PDD e pressão na margem líquida. Para a Genial, a companhia está assumindo riscos em crescer a carteira de crédito em um cenário de elevação da taxa Selic.
Recomendação de venda
No cenário estressado, a Genial vê que a companhia estaria sacrificando a rentabilidade de médio prazo em detrimento de melhorar o faturamento do curto prazo. A casa segue com recomendação de venda e com preço-alvo em doze meses de R$ 4.