Retirada de embaixador não é definitiva
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou, nesta quarta-feira (13), que a retirada do embaixador venezuelano no Brasil, Manuel Vadell, para prestar esclarecimentos ao governo de Nicolás Maduro, não é definitiva. Vieira disse que o procedimento é comum na diplomacia.
“Ele foi chamado para consultas. E, quando ocorre isso, é por um período”, disse. “Não há indicação que a partida do embaixador seja definitiva”, completou o chanceler, que participou de audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados para tratar da Venezuela.
Crise na Venezuela
O chanceler disse ainda que a crise política na Venezuela não deve ser resolvida com sanções e isolamento impostas de fora. Vieira defendeu que a resolução da crise no país vizinho, após a eleição presidencial do dia 28 de julho, que resultou na reeleição do ditador Nicolás Maduro, seja resolvida através do diálogo pelos próprios venezuelanos.
Na avaliação de Vieira, a relação com o país vizinho, que compartilha cerca de 2200 km de fronteiras terrestres, com o Brasil, a maior fronteira compartilhada depois da Bolívia e do Peru, foi esvaziada a partir de 2017.
Conflito no Oriente Médio
Durante a audiência, o ministro também abordou o conflito no Oriente Médio, envolvendo Israel e o Hamas. Veira criticou os ataques do grupo terrorista Hamas que ocorreram em outubro do ano passado, mas disse que a reação de Israel é desproporcional.