Grupo Casas Bahia tem redução de prejuízo de 56%
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) divulgou seus números na quarta-feira (13) mostrando redução de prejuízo em 56% e mostrando recuperação nas margens, mas ainda mostrando um cenário desafiador. Com isso, as ações BHIA3 fecharam com queda de 6,39%, a R$ 3,81.
O GMV (volume bruto de mercadorias) total consolidado caiu 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, impactado pelo fraco desempenho do 1P (estoque próprio, em queda de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior), refletindo menores investimentos no B2B e ajustes de produto/mix, o que foi parcialmente compensado por uma melhora no varejo físico (vendas mesmas lojas em +6,5%), resultante de uma maior penetração de crédito e serviços, e no 3P (marketplace, alta de 18%), apoiado por maiores ofertas de logística e crédito, avalia a XP.
As vendas líquidas consolidadas caíram 3% em relação ao ano anterior, uma vez que as menores receitas de mercadorias (-7%) mais do que compensaram a aceleração em serviços e crédito (+28% e +38%, respectivamente).
Margem bruta atinge 31,6%
A XP ressalta a sólida melhoria na rentabilidade, com a margem bruta alcançando 31,6% (+8,7 pontos percentuais, ou p.p., anualmente), resultante do mix de produtos, maior qualidade dos estoques e aumento da penetração de serviços e soluções financeiras (+110 p.p. e +280 p.p., respectivamente).
Analistas se dividem entre cautela e visão positiva
Analistas se dividem entre cautela com ações e visão ainda positiva por conta do valuation. Para a Genial Investimentos, o resultado teve zero surpresa. A recuperação de vendas nas lojas físicas é um ponto positivo e veio acima da inflação. O Goldman Sachs destaca resultados sequencialmente melhores. As receitas líquidas ficaram marginalmente acima das expectativas, enquanto a lucratividade continuou a melhorar, surpreendendo positivamente. O JPMorgan aponta recuperação dos resultados operacionais do 3T24, ainda com algum efeito persistente do plano de recuperação em andamento.
O prejuízo líquido atingiu R$ 369 milhões (contra -R$ 837 milhões no 3T23), ainda impactado por despesas financeiras, enquanto o fluxo de caixa livre foi negativo de R$ 396 milhões, já que a empresa investiu em estoques para se preparar para o 4T, enquanto as contingências trabalhistas continuam sendo um problema (-R$ 212 milhões), embora tenham diminuído em relação ao ano anterior (-42%).
A XP destaca que a margem Ebitda ajustada a aumentar na mesma proporção (+8,7 p.p.).
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Júlio Rossato