Polícia Legislativa propõe mudanças nos protocolos de segurança da Câmara após atentado
A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados pretende sugerir mudanças nos protocolos de segurança da Casa após as explosões ocorridas na quarta-feira (13) à noite, na Praça dos Três Poderes e proximidades. Mas já há um reforço da segurança.
Uma das ideias é restringir a entrada principal do Congresso, chamada de Chapelaria, às autoridades. Hoje, ela é de acesso público, embora, após o 8 de janeiro de 2023, todas as entradas tenham detectores de metais e raio-x.
De acordo com a Polícia Legislativa, o autor do atentado, Francisco Wanderley Luiz, entrou na Câmara pelo anexo IV às 8h15 de quarta-feira, entregou documento, passou pelo raio-x, foi ao banheiro e saiu novamente.
Explosões controladas e varreduras preventivas
Com auxílio da Polícia Militar de Brasília (DF), foi feita uma varredura na madrugada desta quinta-feira (14) nos locais por onde Francisco passou e nada foi encontrado. Pela manhã, foi feita uma varredura em todas as áreas comuns da Câmara e, com cães da Polícia Legislativa do Senado, uma busca no subsolo e no térreo do anexo IV.
Também nesta quinta pela manhã, ocorreram algumas explosões controladas no estacionamento público, duas em artefatos suspeitos, uma para abrir o carro de Francisco e outra para abrir um quiosque que ele alugou. Não foi encontrado nada no quiosque. Após essas medidas, os servidores e parlamentares puderam voltar ao trabalho ao meio-dia.
Depoimento e suspensão de visitação
A Polícia Federal (PF) deve colher o depoimento da mulher ainda nesta quinta-feira (14). Ela foi localizada por agentes da corporação em Santa Catarina e encaminhada para uma delegacia na cidade de Lages (SC).
Como deverão ser feitas novas varreduras preventivas, a visitação ao Congresso Nacional foi suspensa de 14 a 17 de novembro.
As investigações sobre as explosões ainda estão em andamento. A Polícia Legislativa trabalha em colaboração com as outras forças policiais.
Júlio Rossato