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Presidente do STF critica possibilidade de anistia para golpistas

Barroso destaca que perdoar sem condenação adequada é um erro e incentiva comportamentos semelhantes. Ministros do STF alertam para contexto de ódio político.

Presidente do STF critica possibilidade de anistia para golpistas

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, criticou a possibilidade de anistia para aqueles que atentam contra a democracia, em meio a um clima de tensão após explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes em Brasília nesta quarta-feira (13). O atentado resultou na morte do autor, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos.

Barroso destacou que a anistia a golpistas representa um erro, pois implica em perdoar sem que haja uma condenação adequada. Ele lembrou de episódios de ataques às instituições e da crescente agressividade em discursos políticos, que culminaram nos atos golpistas de 8 de janeiro e nas recentes explosões.

Os comentários de Barroso foram ecoados por outros ministros do STF, como Alexandre de Moraes, que afirmou que as explosões não são um fato isolado, mas sim o resultado de um contexto de ódio político que se intensificou nos últimos anos. Moraes alertou que a pacificação do país não pode envolver anistia a golpistas, pois isso apenas alimenta a impunidade e a violência. Ele enfatizou que a responsabilização é essencial para evitar que tais atos se repitam.

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também se manifestou sobre o atentado, afirmando que o Brasil amanheceu preocupado, mas comprometido em garantir a continuidade das instituições democráticas.

O ministro Flávio Dino disse que o ataque não foi apenas contra o edifício do STF, mas sim contra a legalidade e a Constituição. Ele ressaltou a necessidade de distinguir entre a diversidade de pensamentos e a prática de violência, defendendo que a democracia deve ser sustentada por um embate saudável de ideias, e não por ações extremistas.


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