Por que as fusões e aquisições falham?
A Canadian Natural Resources adquiriu os ativos de xisto da Chevron por US$ 6,5 bilhões. A Adnoc comprou a Convestro por US$ 16,4 bilhões. A PepsiCo absorveu a Siete Family Foods por US$ 1,2 bilhões e a Marsh McLennan arrebatou a McGriff Insurance por US$ 7,8 bilhões. A Rio Tinto comprou a Arcadium Lithium por US$ 6,7 bilhões. No entanto, segundo um estudo, 70-75% das fusões e aquisições (M&A) falham em alcançar seus objetivos declarados. A maioria das aquisições corporativas falha em aumentar o crescimento das vendas pós-aquisição, economias de custos ou manter o preço das ações do comprador. As aquisições afetam acionistas, funcionários, clientes, fornecedores e a economia como um todo, influenciando a concorrência no mercado e a produtividade. O modelo estatístico usado no estudo identificou vários atributos-chave dos alvos que afetam negativamente o sucesso da aquisição. A integração de um grande alvo no comprador é particularmente difícil e propensa a falhas, assim como as aquisições conglomeradas. CEOs que cedem à pressão de investidores preocupados e seguem o conselho de banqueiros de investimento e consultores ávidos por comissões, muitas vezes compram um alvo inadequado e pagam demais por ele, falhando em integrá-lo adequadamente. As aquisições deveriam ser o último recurso, não a primeira opção. Além disso, CEOs bem-sucedidos têm a ilusão de que podem repetir seu sucesso passado ressuscitando alvos em falência, o que raramente acontece. Mudar os incentivos de aquisição do CEO da conclusão da aquisição para o sucesso é fundamental para melhorar as consequências das M&A.
Júlio Rossato