Reunião do G20 e anúncio de medidas fiscais agitam a próxima semana
A próxima semana será marcada pela reunião do G20, que acontecerá no Rio de Janeiro e reunirá líderes mundiais, além do tão esperado anúncio de pacote de medidas fiscais. A agenda de indicadores está esvaziada e as atenções se voltam para o momento da divulgação do pacote.
De acordo com relatório do Itaú, os valores divulgados pela mídia têm girado em torno de R$ 20-30 bilhões para 2025 e R$ 30-40 bilhões para 2026, mas não há nenhum detalhe concreto foi divulgado até agora.
“Para aumentar a confiança na sustentabilidade do arcabouço fiscal e reduzir os níveis de risco, estimamos que um ajuste de gastos de pelo menos R$ 60 bilhões é necessário, com R$ 25 bilhões em 2025 e R$ 35 bilhões em 2026”, aponta o Itaú.
Indicadores no Brasil
Dentre as divulgações da semana, o Relatório Focus deve atrair atenções, em especial após a apresentação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O documento indicou que o ciclo de alta da Selic pode seguir se expectativas de inflação seguirem em alta.
A arrecadação tributária de outubro também deve ser anunciada ao longo da semana. O Itaú estima resultado de R$ 241,7 bilhões para o mês.
Atenção ainda para a semana mais curta para o mercado, uma vez que o próximo dia 20 de novembro, quarta-feira, é feriado nacional no Brasil, sem operações na B3.
Indicadores no mundo
Nos Estados Unidos, a agenda também não contará com indicadores relevantes. Os próximos dias serão marcados pela divulgação do índice de atividade do Fed de Filadélfia e os pedidos semanais de seguro-desemprego. Serão conhecidos também os dados sobre a confiança do consumidor e as vendas de casas usadas.
Na Europa, haverá divulgação de indicadores como o CPI e o núcleo do CPI, que ajudarão a avaliar a pressão inflacionária na região. Além disso, o PMI industrial e de serviços serão fundamentais para entender a dinâmica do setor produtivo e de serviços europeus.
Na Ásia, a China apresentará dados sobre a taxa de empréstimos, que são cruciais para avaliar a política monetária e o suporte ao crescimento econômico. Esses números serão observados de perto, especialmente em um momento em que o país busca estabilizar sua economia diante de desafios internos e externos.
Fonte: N/A
Júlio Rossato