Investimentos em renda fixa digital crescem no Brasil
No primeiro semestre de 2024, mais da metade dos R$7 trilhões investidos por pessoas físicas foi direcionado para a renda fixa, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A renda fixa digital, relativamente nova no país, também começou a ganhar popularidade. Desde abril de 2023, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) orientou que empresas cripto de pequeno porte devem emitir tokens de renda fixa dentro do conceito de investimento coletivo (crowdfunding). As emissões reguladas desses tokens cresceram desde então, alcançando R$1,1 bilhão em 2024, de acordo com a CVM.
Tokens de renda fixa via crowdfunding
Os tokens de renda fixa via crowdfunding oferecem investimentos a partir de R$500 com rentabilidade esperada mais atrativa que a renda fixa tradicional. Há tokens de debêntures com rentabilidade esperada de IPCA+16% ou +15,43% ao ano e certificações de recebíveis imobiliários (CRIs) pagando CDI +7% ao ano. Em comparação, em outubro, as debêntures tradicionais pagaram, em média, 1,7% além do CDI, segundo dados do Idex-CDI Geral, elaborado pela JGP.
Cuidado ao investir
Apesar de oferecerem rentabilidade mais atrativa, os tokens de renda fixa digital via crowdfunding são mais arriscados. Não há proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e há risco de crédito associado à capacidade de o emissor cumprir suas obrigações de pagamento. Por isso, os investidores devem analisar com cuidado a proposta de cada token e verificar se a plataforma que oferece os tokens disponibiliza informações, canal de conversa, material educativo e detalhes sobre os requisitos mínimos.
Categoria: Investimentos
Tags: Renda fixa, crowdfunding, tokens, CVM
Júlio Rossato