Presidente do Banco Central expressa preocupação com proposta de redução da jornada de trabalho
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a se preocupar com um possível avanço da proposta de emenda à Constituição que estabelece o fim da jornada de trabalho de 6 dias e trabalho por um de descanso. De acordo com o banqueiro central, a proposta caminha na contramão dos avanços conquistados com a reforma trabalhista. Ele participou de evento em São Paulo nesta segunda-feira.
Bom momento do mercado de trabalho
Segundo Campos Neto, o bom momento do mercado de trabalho no Brasil é resultado das reformas feitas no país. Atualmente, o Brasil possui uma das menores taxas de desemprego de sua história.
Redução da jornada de trabalho
O debate sobre a redução da jornada de trabalho no país tem ganhado força nos últimos dias. A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) já teria conseguido mais de 171 assinaturas de seus pares para que sua proposta de emenda à Constituição para a redução da jornada de 6 dias de trabalho por um de descanso possa ser aceita pela Câmara. Pela proposta da parlamentar, a jornada de trabalho seria de 4 dias de trabalho por 3 de descanso.
Cenário da economia global
Campos Neto também comentou sobre as expectativas em torno de crescimento e inflação. Ele afirmou que os elevados preços dos insumos têm levado os agentes da economia real a se mostrarem mais pessimistas que os agentes do mercado financeiro. No mesmo evento em São Paulo, o presidente do Banco Central afirmou que os bancos centrais ao redor do mundo têm se debruçado sobre a discussão a respeito do que aconteceria com a política monetária se a economia mundial começasse a contrair daqui para a frente.
Júlio Rossato