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Câmara aprova novas regras para emendas parlamentares

Câmara dos Deputados aprova projeto de lei que modifica regras das emendas parlamentares para torná-las mais transparentes.

Câmara aprova novas regras para emendas parlamentares

A Câmara dos Deputados aprovou, no fim da tarde desta terça-feira (19), o projeto de lei que modifica as regras das emendas parlamentares, supostamente para torná-las mais transparentes.

As emendas são uma reserva que faz parte do Orçamento, utilizada de acordo com indicação de deputados e senadores. Os recursos são direcionados pelos congressistas às suas respectivas bases eleitorais.

O projeto de lei já havia sido aprovado anteriormente pela Câmara. Mas, como houve alterações feitas pelo Senado no texto original, a proposta teve de ser novamente analisada pelos deputados. Agora, o texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Objetivo do projeto

O texto-base do projeto tinha o objetivo de acabar com o impasse envolvendo o Congresso Nacional, o Poder Executivo e o Supremo Tribunal Federal (STF), que bloqueou a execução das emendas, por decisão do ministro Flávio Dino.

Apesar do imbróglio, o projeto ainda não atende a todos os requisitos de transparência exigidos pela Corte. Os “padrinhos” das emendas de comissão, por exemplo, se mantêm desconhecidos.

Alterações nas regras

As emendas de comissão passaram a receber um maior volume de recursos depois que o Supremo tornou inconstitucionais as emendas de relator, o chamado “orçamento secreto”. Na Câmara, foi retomado o limite máximo de oito emendas de bancada que podem ser estabelecidas coletivamente pelos parlamentares de cada estado.

Em relação às emendas individuais, serão priorizadas aquelas destinadas a obras inacabadas. O projeto de lei também determina novas regras para as chamadas “emendas Pix”, que se tornaram alvo dos órgãos de controle.

Informações transparentes

De acordo com o novo texto aprovado pelos deputados, os autores das “emendas Pix” terão de informar como os recursos serão aplicados – também com destinação preferencial para obras inacabadas. Municípios e estados deverão indicar, em portais de transparência, a agência bancária e a conta corrente nas quais os recursos serão depositados.

Os deputados rejeitaram uma mudança feita pelos senadores que desobrigar os parlamentares de aplicarem 50% das emendas de comissão para ações e serviços públicos de saúde.

Projeto de Lei Complementar 175/24

De autoria do deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), o Projeto de Lei Complementar 175/24 surgiu devido à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a execução de emendas parlamentares até que sejam definidas regras sobre controle social, transparência, impedimentos e rastreabilidade. O projeto foi aprovado inicialmente pela Câmara em 5 de novembro.


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