Investidores preferem ativos atrelados ao IPCA
Investidores brasileiros estão preferindo investir em ativos atrelados ao IPCA, devido ao alto custo de oportunidade dos juros brasileiros, segundo sócios da Knox Invest e CMS Invest.
Charles M. Susskind, sócio da CMS Invest, que tem sob custódia R$ 3,9 bilhões, afirma que o desarranjo fiscal está fazendo a taxa de juros explodir no país. Ele acrescenta que o retorno de títulos públicos com IPCA+7% tira muito dinheiro da economia dos investidores, que não querem correr riscos em um negócio que não pode dar certo.
O sócio da Knox Invest, Otavio Fiuza, que tem sob custódia R$ 6 bilhões, diz que prefere investir em ativos atrelados ao IPCA para aproveitar os altos níveis de taxas de juros. Ele acrescenta que o escritório está diversificando seus investimentos, mas mantendo parte do patrimônio com foco na dolarização.
Eleições americanas e investimentos
Charles M. Susskind afirma que a eleição de Donald Trump aumentou a pressão no câmbio brasileiro. Otavio Fiuza diz que a eleição de Trump para os mercados emergentes é negativa e que o dólar é o único meio de hedge real da inflação.
Proteção do patrimônio
O sócio da CMS Invest afirma que nada bate o CDI, mas reconhece que algumas carteiras enfrentaram volatilidade com a explosão dos juros. Otavio Fiuza destaca que, no momento, o melhor a fazer é proteger o patrimônio da inflação.
Benefícios para o agronegócio
O dólar alto tende a beneficiar o agronegócio, segundo Otavio Fiuza, que também acredita que a possível imposição de tarifas sobre produtos chineses nos EUA pode trazer um fluxo comprador de commodities para o Brasil. Ele vê setores se beneficiando desse cenário no Brasil, como bancos e empresas exportadoras.
Isenção e assessoria personalizada
André Fixel, sócio-diretor da Verso Investimentos, criou a Jornada de Formação de Assessores, que resultou em mais de 500 contratações de profissionais. Otavio Fiuza destaca que a Knox Invest é 100% isenta e se tornou um hub de negócios, com foco em assessoria personalizada.