Bolsa de Chicago quer ampliar oportunidades para investidores brasileiros
O CME Group, controlador da Bolsa de Chicago, busca mostrar aos investidores brasileiros que oferece muito mais do que derivativos ligados com a soja, o milho ou o trigo.
Atuando em diversas frentes de produtos financeiros, que incluem moedas, índices de ações, títulos do Tesouro dos EUA, energia, metais preciosos e até índices climáticos, a instituição quer reforçar sua presença no mercado nacional e destacar as oportunidades disponíveis para diversificação de investimentos.
Presença latina é pequena
Apesar do crescimento do mercado brasileiro nos últimos anos, a presença latina no mercado financeiro ainda é pequena em comparação com os EUA, Europa e Ásia. Mas o CME Group aposta no incremento dessa participação, conforme os investidores locais abram seu leque de possibilidades às existentes nos mercados globais – desde como acessar as bolsas no exterior até as estratégias de negociação e especificações das diversas classes de ativos disponíveis.
Derivativos são produtos sofisticados
“Os derivativos são produtos sofisticados, e a gente acredita que a parte da educação seja crucial para entendê-los”, afirma Paula Attie, responsável pelo CME Group no Brasil. “Nosso papel aqui é fazer com que informações do mercado de lá estejam à mão dos investidores”, ressalta.
Classes de ativos negociadas pela Bolsa de Chicago
As classes de ativos negociadas pela Bolsa de Chicago vão desde os títulos do Tesouro americano (Treasuries), passando pelo mercado futuro de índices de ações, como S&P 500, Nasdaq e Russell, até futuros de moedas, criptomoedas, commodities energéticas como petróleo e gás natural, e metais como ouro, cobre e platina.
História da Bolsa de Chicago
Fundada em 1848 como a primeira bolsa de futuros do mundo, a CBOT deu início a uma série de inovações que moldaram o mercado financeiro global. Em 1865, formalizou o comércio de grãos com o desenvolvimento de contratos futuros padronizados, estabelecendo também a primeira operação de compensação de futuros ao exigir margens de garantia de compradores e vendedores. Ao longo do século XX, a bolsa expandiu sua atuação. Em 1972, a CME lançou os primeiros contratos futuros financeiros, oferecendo possibilidades em sete moedas estrangeiras. Na década de 1980, introduziu contratos futuros liquidados em dinheiro e futuros de índices de ações, como o S&P 500. A partir dos anos 2000, o CME Group consolidou-se como líder mundial em derivativos, adquirindo a NYMEX e expandindo sua gama de produtos para incluir energia e metais.
Júlio Rossato