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Presidente Chinês Encerra Blitz Diplomática na América do Sul em Visita a Brasília

Xi Jinping e Lula assinam acordos que impulsionam comércio e cooperação em diversos setores

Xi Jinping encerra blitz diplomática na América do Sul em visita a Brasília

A visita do presidente chinês, Xi Jinping, a Brasília, encerra uma blitz diplomática pela América do Sul que mostrou a crescente influência de Pequim na região e nos fóruns globais, onde preencheu a lacuna deixada pela transição presidencial dos EUA.

Espera-se que Xi e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, assinem acordos que impulsionem o comércio e a cooperação em setores que vão desde o agronegócio até a energia e a indústria aeroespacial, durante reuniões matinais na residência presidencial em Brasília.

Os acordos entre as principais economias em desenvolvimento, com cerca de 180 bilhões de dólares em comércio bilateral, ocorrem após duas cúpulas para Xi em uma semana — o fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em Lima e, em seguida, o Grupo das 20 principais economias no Rio de Janeiro.

Comércio Brasil-China

Em 20 anos, a corrente do comércio bilateral entre o Brasil e a China passou de US$ 6,6 bi em 2003 para US$ 157,5 bi, resultado obtido em 2023.

Imprensa argentina atribui a mudança de Milei aos conselhos de seu gabinete, que o fizeram ver a necessidade de fortalecer os laços com a China.

Influência da China na América do Sul

Embora Xi tenha desempenhado um papel central em ambas as cúpulas, o presidente dos EUA, Joe Biden, chegou como um “pato manco”, com apenas dois meses na Casa Branca e pouco espaço para promessas duradouras, já que seu sucessor, Donald Trump, promete uma revisão total da política externa.

Um retrato de grupo no primeiro dia da cúpula do G20 capturou o momento, com Xi na frente e no centro, ao lado dos presidentes do Brasil, Índia e África do Sul — parceiros da China no grupo Brics das principais nações em desenvolvimento e os três anfitriões consecutivos do G20 de 2023 a 2025.

Biden não compareceu a essa sessão de fotos por “razões logísticas”, informou a Casa Branca.

Com Biden diminuído e Trump avesso ao multilateralismo, diplomatas e especialistas em política externa disseram que a ofensiva de Xi estava preenchendo um vácuo em uma ordem global instável.

Participação da China em Fóruns Multilaterais

Nos bastidores, vários diplomatas que participaram de cúpulas anteriores do G20 notaram uma postura em evolução por parte dos chineses — menos focada em seus próprios interesses restritos e mais proativa na formação de um consenso mais amplo.

“A China está muito mais participativa e muito mais construtiva”, disse um diplomata brasileiro, que pediu anonimato para discutir as negociações.

Um diplomata europeu observou que os colegas chineses ajudaram a criar um consenso este ano em várias frentes, inclusive em tópicos como os direitos das mulheres, nos quais eles não eram tradicionalmente ativos.

Parecia um movimento consciente para ocupar um fórum multilateral que Trump provavelmente negligenciará, acrescentou o diplomata.

“Um lugar deixado desocupado será ocupado por outro”, disse o diplomata europeu. “Aparentemente, a China está interessada em ocupar mais do que tem ocupado até o momento.”

Detalhes da Visita de Estado

Presidente chinês, Xi Jinping, encerra blitz diplomática pela América do Sul em visita a Brasília nesta quarta-feira (20), na qual se espera que assine acordos que impulsionem o comércio e a cooperação em diversos setores com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. O comércio bilateral entre as duas principais economias em desenvolvimento atinge cerca de 180 bilhões de dólares. Esta visita encerra uma sequência de visitas de Xi Jinping pela América do Sul, que tem mostrado a crescente influência da China na região e nos fóruns globais. Diplomatas e especialistas em política externa disseram que a ofensiva de Xi estava preenchendo um vácuo em uma ordem global instável.


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