Presidente da China é recebido por Lula no Palácio do Alvorada
Nesta quarta-feira (20), o presidente da China, Xi Jinping, será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Alvorada, em Brasília. A agenda prevê reunião, cerimônia de assinatura de atos, declaração à imprensa e almoço. À noite, será oferecido um jantar ao chefe de estado do país asiático, parceiro comercial do Brasil há 50 anos, e destino principal das exportações brasileiras.
Comércio bilateral
Em um intervalo de 20 anos, a corrente do comércio bilateral entre o Brasil e a China passou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para US$ 157,5 bilhões, resultado obtido em 2023. Dados deste ano indicam que o comércio chegou a US$ 136,35 bilhões até outubro. Desde 2009, a China já havia superado os Estados Unidos em vendas externas do Brasil. No gráfico abaixo é possível observar essa evolução.
Impacto das tarifas dos EUA
Analistas preveem que, se as tarifas adicionais de 60% ou mais sobre as importações chinesas forem colocadas em prática pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, a China poderá comprar mais produtos do Brasil. Podem ser ampliadas ainda mais as exportações de milho, trigo, soja e até mesmo açúcar. A relação comercial entre o Brasil e a China teve início há 50 anos e se intensificou nas últimas duas décadas, com o rápido desenvolvimento da China.
Itens mais exportados e importados
Entre os cinco produtos mais exportados pelo Brasil para a China a soja ficou em primeiro nos últimos cinco anos. Já o item que o Brasil mais importou da China no mesmo período foram semicondutores. Veja a seguir a lista com os produtos mais exportados e importados entre os dois países nos últimos cinco anos.
- Itens mais exportados pelo Brasil para a China
- Soja
- Petróleo
- Minério de ferro
- Celulose
- Carnes
- Itens mais importados pelo Brasil da China
- Semicondutores
- Celulares
- Equipamentos de transmissão
- Adubos e fertilizantes
- Equipamentos de informática
Relação comercial além das exportações e importações
Um estudo da Associação Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) indica que a China já é o oitavo maior investidor do Brasil, com US$ 37 bilhões até junho deste ano, sendo que US$ 14 bilhões foram no setor de energia. Essa relação têm impactos também em outras áreas, como a acadêmica, devido ao interesse de chineses, que estudam muito sobre o Brasil. Desde 2017, a USP é uma das 12 universidades latino-americanas que participam de um consórcio coordenado pela Fudan University, de Xangai.