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Intercâmbio energético na América do Sul pode ampliar negócios no mercado livre brasileiro

Portaria autoriza importação de energia do Paraguai para o mercado livre brasileiro

Introdução

O intercâmbio energético entre os países da América do Sul representa uma oportunidade de ampliar os negócios no mercado livre brasileiro, na visão dos agentes do setor.

Portaria autoriza importação de energia do Paraguai

A portaria 87 de 2024, publicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em 30 de outubro, autorizou a importação de 120 megawatts (MW) de forma ininterrupta do Paraguai. A eletricidade é destinada ao ambiente de contratação livre (ACL). As cargas serão entregues a partir da subestação Margem Direita, vinculada à usina hidrelétrica de Itaipu. As comercializadoras aguardam agora novos desdobramentos para entender os impactos no mercado brasileiro.

Perspectivas de integração energética

As perspectivas de integração energética são vistas com bons olhos pelo setor, que poderá ampliar as possibilidades de negócios. "Ao mesmo tempo que a gente tem capacidade de exportar, nós também temos necessidade de importar determinados atributos de geração. Temos enfrentado desafios para atender a ponta, para atender rampas de demanda ao final do dia, de tal forma que aumentar as oportunidades de importação e exportação dos países vizinhos é extremamente benéfico para toda a América Latina", afirmou.

Teste para comercialização de energia por Itaipu

Na visão do setor de comercialização, a autorização para importação a partir do Paraguai é um teste para que Itaipu possa, no futuro, também comercializar energia para o Brasil. Para que isso aconteça, os dois países precisam avançar na negociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que define regras para as relações comerciais entre os sócios da usina.

Viabilidade da integração energética na América do Sul

Ferreira, da Abraceel, cita iniciativas em países europeus para falar sobre a viabilidade da integração na América do Sul. "No mercado do norte europeu tem o Nordpool, que reúne Suécia, Noruega, Finlândia e outros países do norte da Europa. Há uma integração energética importante no Mibel, que reúne o mercado de Portugal e Espanha. Há uma outra integração energética entre a França e a Inglaterra. Então, existem vários mercados comuns em outros lugares do mundo. E por que não ter isso aqui na América Latina também?", completou.


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