Martin Escobari prevê animado ano de 2025 para o private equity
Martin Escobari é presidente do comitê global de investimentos da General Atlantic, gestora americana que já investiu em empresas como XP Investimentos, Arco Educação, QuintoAndar e Gympass. Ele prevê que 2025 será um ano animado para o private equity, com a retomada das aberturas de capital nos Estados Unidos, após um período de três anos e meio de mercado fechado. A eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA é outro aspecto a favor do mercado de private equity, segundo o executivo. A visão é de que sob um governo republicano tanto pode haver um movimento de desregulamentação de certos setores, liberando as amarras da indústria, quanto de maior abertura para fusões e aquisições.
Oportunidades para a GA
Com quase US$ 90 bilhões sob gestão, a GA é uma das empresas que deve ajudar a alimentar uma nova safra de IPOs. Escobari acredita que, com a retomada das aberturas de capital, a gestora voltará a uma média de 10 a 15 IPOs de empresas investidas por ano. “Haverá liquidez voltando para os fundos, permitindo ao private equity voltar a investir”, diz Escobari. Uma nova onda de investimentos da GA já está em curso, e Escobari estima encerrar 2024 com aportes de US$ 7 a US$ 8 bilhões.
Brasil fora do radar
Para Escobari, o Brasil não está mais na altura dos olhos do mundo do capital. “Juros altos com dívida alta e impostos altos não são uma boa combinação. Só dá para resolver cortando gastos”. No entanto, o executivo reconhece que a microeconomia brasileira está “espetacular”, com boas empresas e estratégias vencedoras se saindo muito bem, como a LiveMode, líder no ecossistema brasileiro de esporte e mídia. Ele ainda avalia que dinheiro por meio do mercado de capitais ainda não vem em ritmo esperado.