Presidente do Adani Group indiciado por esquema de fraude multibilionário
Gautam Adani, presidente do conglomerado indiano Adani Group e uma das pessoas mais ricas do mundo, foi indiciado em Nova York por um suposto esquema de fraude multibilionário, disseram promotores dos Estados Unidos na quarta-feira (20).
As autoridades acusaram Adani e dois outros executivos da Adani Green Energy, seu sobrinho Sagar Adani e Vneet Jaain, de concordar, entre 2020 e 2024, em pagar mais de US$ 250 milhões em subornos a funcionários do governo indiano para obter contratos de fornecimento de energia solar que deveriam render US$ 2 bilhões em lucros.
Em reação à notícia, a principal empresa do grupo indiano, a Adani Enterprises, caiu 23% na bolsa da Índia. Outras, como a Adani Green Energy e Adani Energy caíram 18,95% e 20%, respectivamente. Já a Adani Power perdeu 14,48%, e a Adani Port cedeu 20%. O braço de varejo do grupo, Adani Wilmar, recuou 10%.
Os promotores disseram que a empresa de energia renovável também levantou mais de US$ 3 bilhões em empréstimos e títulos durante esse período com base em declarações falsas e enganosas.
Cinco outras pessoas foram acusadas de conspiração criminal relacionada, incluindo dois executivos de outra empresa de energia renovável e três funcionários de um investidor institucional canadense.
De acordo com os registros do tribunal, um juiz emitiu mandados de prisão para Gautam Adani e Sagar Adani, e os promotores planejam entregar esses mandados às autoridades policiais estrangeiras.
Gautam Adani tem um patrimônio de US$ 69,8 bilhões, de acordo com a revista Forbes, o que o torna a 22ª pessoa mais rica do mundo.