Sindicato alemão da Volkswagen pede grandes mudanças em negociações salariais
O sindicato alemão da Volkswagen está cobrando grandes mudanças em negociações salariais e fechamentos de fábricas, dias antes de uma possível greve de trabalhadores da companhia na Alemanha. A Volkswagen emprega cerca de 300 mil trabalhadores em seis fábricas alemãs regidas por um acordo coletivo separado.
A Volkswagen exigiu um corte salarial de 10%, argumentando que precisa reduzir custos e aumentar lucro para defender sua participação no mercado. A montadora alemã também ameaça fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez em seus 87 anos de história.
Proposta de sindicatos
Os sindicatos propuseram renunciar aos bônus por dois anos e criar um fundo para financiar uma redução temporária das horas de trabalho em áreas menos produtivas da empresa. As entidades disseram que essas medidas evitarão demissões em massa e economizarão 1,5 bilhão de euros. Mas a proposta estava condicionada à empresa descartar o fechamento de fábricas, o que a Volkswagen se recusou a fazer.
Possibilidade de greve
Se a administração rejeitar a proposta, os sindicatos exigirão um aumento salarial de 7%, além do não fechamento das fábricas. Se as exigências não forem atendidas, os trabalhadores poderão entrar em greve a partir de dezembro em todas as fábricas alemãs. A Volkswagen disse que está disposta a negociar e evitar a greve.
Júlio Rossato