Policial é indiciado por homicídio doloso após morte de estudante de Medicina em São Paulo
Um policial militar foi indiciado por homicídio doloso em Inquérito Policial Militar (IPM) após atirar contra Marco Aurélio Cardenas Acosta, um estudante de Medicina de 22 anos, em São Paulo. A ocorrência, que aconteceu na madrugada da última quarta-feira (20) na escadaria de um hotel na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, foi registrada por câmeras corporais.
O autor do disparo, Guilherme Augusto Macedo, e o segundo policial militar que participou da ocorrência prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. As imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Aumento de vítimas fatais por policiais militares em serviço
Segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), o número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% neste ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais. Os dados são repassados diretamente pelas polícias Civil e Militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).
Posicionamento do governador de São Paulo
O governador Tarcísio de Freitas lamentou a morte de Marco Aurélio e afirmou que a conduta dos agentes é investigada. Ele também destacou que abusos nunca serão tolerados e serão severamente punidos. Aliados do presidente Bolsonaro adotaram um tom mais crítico, enquanto o governador de São Paulo buscou um posicionamento moderado, sem ataques diretos à PF ou ao STF.
Júlio Rossato