Agências de segurança nas Filipinas intensificam protocolos após ameaças à vida do presidente
As agências de segurança nas Filipinas intensificaram os protocolos de segurança neste sábado (23), depois que a vice-presidente Sara Duterte disse que mandaria assassinar o presidente Ferdinand Marcos Jr.
Em um sinal dramático de uma crescente divisão entre as duas famílias políticas mais poderosas do país do Sudeste Asiático, Duterte disse em uma entrevista coletiva que havia falado com um assassino e o instruído a matar Marcos, sua esposa e o presidente da Câmara das Filipinas se ela fosse morta.
O Comando de Segurança Presidencial intensificou e fortaleceu os protocolos de segurança. “Também estamos coordenando de perto com as agências de segurança para detectar, dissuadir e defender contra toda e qualquer ameaça ao presidente e à primeira família”, disseram as forças de segurança, em comunicado.
Investigação contra María Corina por manifestar apoio a projeto de lei dos EUA
María Corina será investigada por manifestar apoio a um projeto de lei aprovado esta semana pela Câmara dos Deputados dos EUA que impediria o governo americano de contratar empresa que faça negócio com o país.
O chefe de polícia, Rommel Francisco Marbil, afirmou que havia ordenado uma investigação imediata, acrescentando que “qualquer ameaça direta ou indireta à sua vida deve ser tratada com o mais alto nível de urgência”.
O Gabinete de Comunicações Presidenciais informou que qualquer ameaça à vida do presidente deve ser sempre levada a sério.”Pensar e falar sobre isso é diferente de realmente fazer”, disse Duterte aos repórteres.
Rixa política nas Filipinas
A “explosão” de Duterte é o mais recente de uma série de sinais alarmantes da rixa no topo da política filipina. Em outubro, ela acusou Marcos de incompetência e disse que imaginou cortar a cabeça do presidente.
As duas famílias estão em desacordo sobre política externa e outros temas.
Nas Filipinas, o vice-presidente é eleito separadamente do presidente e não tem deveres oficiais. Muitos vice-presidentes têm buscado atividades de desenvolvimento social, enquanto alguns foram nomeados para cargos de gabinete.
(Com Reuters)