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Brasil e Argentina assinam acordo de gás

Acordo de gás é assinado por Brasil e Argentina. Embora as relações melhorem, os vínculos ainda são tensos de acordo com especialistas em relações internacionais.

Acordo de gás é assinado por Brasil e Argentina

Na última semana, Brasil e Argentina assinaram um acordo para trazer gás argentino ao mercado brasileiro. Os países também concordaram em fazer parte da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo governo Lula. Embora esses sejam aparentes avanços, a relação entre os países ainda é bastante tensa, de acordo com especialistas em relações internacionais.

Posição do governo Milei pode ser um obstáculo

Rodrigo Reis, do Instituto Global Attitude, acredita que a diplomacia brasileira enfrentará muitas dificuldades para lidar com seu maior parceiro comercial na América Latina. Segundo ele, a postura do presidente argentino, Javier Milei, se assemelha muito ao 'trumpismo' americano, que tenta boicotar instituições multilaterais e retirar a Argentina de qualquer negociação futura relacionada ao clima. No entanto, essa postura vai contra os alertas feitos pelo presidente brasileiro na Cúpula de líderes. Lula afirmou que a COP30, a ser realizada no próximo ano no Brasil, é 'a última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático'.

Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

Embora a Argentina tenha se comprometido com o combate à pobreza e endossado os outros termos da Declaração de Líderes, incluindo as propostas de transição energética, o governo argentino apontou ressalvas à decisão que tomou, com o intuito de não ser um obstáculo ao consenso do G20. Em nota, defendeu um capitalismo de livre mercado como solução para o combate à fome e à pobreza, criticando intervenções do Estado na economia. Especialistas em relações governamentais acreditam que a postura de Milei pode influenciar outras lideranças e acabar influenciando toda a política da América Latina, com uma agenda mais conservadora e nacionalista.

Acordo de gás dos campos de Vaca Muerta

O memorando de entendimento para trazer gás dos campos de Vaca Muerta, na Argentina, não rendeu um pouco mais de simpatia entre os presidentes. Embora o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tenha visto o acordo como um gesto positivo e pragmático do Brasil, a relação entre os países ainda é tensa.


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