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Ações do Carrefour se recuperam após queda por anúncio de boicote

As ações da Carrefour subiram 9,83% desde 22/11 após baixa histórica causada por anúncio de boicote à carne do Mercosul. Companhia se mobiliza para mitigar impacto negativo.

Ações do Carrefour se recuperam após queda por anúncio de boicote

As ações da gigante varejista Carrefour (CRFB3) se recuperaram da baixa recente e subiram 9,83% de 22 de novembro até esta terça-feira (26), de acordo com a Consultoria Elos Ayta.

A alta de 3,27%, a R$ 6,93, contribuiu para a retomada dos papéis após chegarem à sua menor cotação histórica em 21 de novembro de 2024, a R$ 6,31 (-2,17%).

Boicote à carne do Mercosul

A data foi marcada pelo anúncio de que a varejista não venderia mais carnes do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A intenção com o anúncio era favorecer setores agrícolas franceses.

O boicote foi feito especialmente para a carne bovina, em detrimento do frango e da carne suína. Mais fragmentado, o segmento tem menos capacidade de fazer uma mobilização como a que ocorreu entre grandes fornecedores de carne bovina.

Mitigando o impacto negativo

Nesta terça, a companhia pareceu mobilizar esforços para mitigar o impacto negativo causado pelo anúncio.

O Carrefour, por meio de sua matriz na França, disse em um comunicado divulgado também com versão em francês que compra a carne que vende na França quase exclusivamente de produtores franceses e a carne que vende no Brasil exclusivamente de pecuaristas brasileiros, acrescentando que continuará com essa estratégia.

A companhia também afirmou que o planejamento de entregas de produtos de carne bovina para suas lojas no país foi retomado e que prevê que o abastecimento será normalizado nos próximos dias.

Desempenho da ação

Mesmo com a alta apresentada nos últimos dias, que compensou as perdas da semana passada, o papel registra queda de 44,34% no acumulado do ano.

O melhor desempenho de 2024 foi em 27 de março, quando fechou a R$ 13,90. Desde essa data, a ação sofreu uma desvalorização de 50,1%.

Fonte: Equipe InfoMoney


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