Ibovespa cai após pacote fiscal
O índice da B3 caiu para o menor nível de fechamento desde 28 de junho, ficando em 124.610,41 pontos, uma queda de 2,40%, entre mínima de 124.389,63 (-2,57%) e máxima de 127.667,73. Empresas com receita na moeda americana foram um escape para compras, como JBS (JBSS3;+3,35%), Suzano (SUZB3;+3,00%) e Klabin (KLBN11;+1,97%).
Resultados da sessão
O giro foi a R$ 27,7 bilhões, com o Ibovespa recuando 3,50% na semana e 3,93% no mês. No ano, cedeu 7,14%. Apenas 8 ativos do Ibovespa subiram. MRV (MRVE3;-14,10%), CVC (CVC3;-13,38%) e Lojas Renner (LREN3;-10,16%) foram as empresas que mais sofreram.
Impactos do pacote fiscal
Empresas como as de frigoríficos e papel e celulose, exportadoras com receitas dolarizadas, contribuíram para que o ajuste do Ibovespa não fosse ainda pior na sessão. O governo não conseguiu entregar um plano “condizente” com o que o mercado esperava, diz Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos. “Alguns bancos já estão trabalhando com taxa terminal para a Selic no atual ciclo de elevação do juros de referência acima de 14%”, acrescenta. O cenário é desafiador também para a inflação, e a curva de juros permanece muito estressada”, acrescenta.
Opinião de especialista
Maílson da Nóbrega afirma que o máximo que o governo pode esperar é que esse pacote dê uma sobrevida ao arcabouço fiscal até 2026. Para ele, o país enfrenta risco de grave crise fiscal se não reduzir gastos obrigatórios.
Baixas e Altas do Ibovespa
Maiores baixas: MRV (MRVE3;-14,10%), CVC (CVC3;-13,38%) e Lojas Renner (LREN3;-10,16%). Maiores altas: JBS (JBSS3;+3,35%), Suzano (SUZB3;+3,00%) e Klabin (KLBN11;+1,97%).
Júlio Rossato