Novo imposto para quem ganha mais de R$ 600 mil
O Ministério da Fazenda irá propor um novo imposto mínimo de 10% para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano, o equivalente a R$ 50 mil mensais, como parte do mecanismo de compensação para isentar de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. A nova taxa, no entanto, será aplicada de forma gradual, começando com uma alíquota “muito baixa”, explicou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (28).
Evolução gradual do imposto
Segundo Durigan, a evolução do imposto mínimo para quem ganha mais de R$ 600 mil anuais será gradativa, de modo que a alíquota de 10% seja aplicada integralmente apenas para quem obtém renda de a partir de R$ 1 milhão no ano.
Impacto quase nulo
“O impacto é quase nenhum, mas permite que quem ganha R$ 600, R$ 700 mil [por ano] não fique preocupado [em ultrapassar um determinado teto], ou quem ganha R$ 1 milhão, não fique preocupado em diminuir de alguma forma a sua renda anual”, pontuou o secretário.
Quem será impactado
A medida não afetará quem já ganha valores acima de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil anuais, e paga ao menos 10% de Imposto de Renda. Quem será impactado são aqueles que durante um ano receberam um valor e não contribuíram o mínimo, contribuindo apenas com 7% de toda a renda auferida, que agora terão que contribuir com 3% a mais.
Novo imposto mínimo
O novo imposto mínimo irá considerar todas as rendas obtidas, incluindo salário, aluguéis e investimentos, inclusive os isentos de IR, como dividendos, poupança, LCI, LCA, CRA, CRI e debêntures incentivadas, e fundos de infraestrutura (que adquirem debêntures incentivadas).
Júlio Rossato