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Bolsonaro espera apoio de Trump para retornar ao poder

Ex-presidente Jair Bolsonaro acredita que Trump pode ajudá-lo através de sanções econômicas contra o governo de Lula

Bolsonaro espera apoio de Trump para retornar ao poder

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) espera retornar ao poder. Para alcançar tal objetivo, aposta no apoio do presidente eleito nos Estados Unidos, o aliado Donald Trump, que, acredita ele, poderá ajudá-lo através de sanções econômicas impostas contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Proibido de concorrer a cargos públicos até 2030 e enfrentando acusações criminais por supostamente tramar um golpe de Estado, Bolsonaro disse, em entrevista ao The Wall Street Journal, que vê a eleição de Trump como uma “virada de jogo” para seu futuro e para os políticos de direita na América Latina.

Bolsonaro e o governo dos EUA

Ladeado por dois congressistas aliados em um escritório do PL fortemente protegido e coberto com fotos de comícios recentes, em Brasília (DF), Bolsonaro disse que ele e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), estavam em contato próximo com o novo governo dos EUA desde a eleição de 5 de novembro. “Fiquei acordado a noite toda torcendo pelo ‘Laranjão'”, relatou.

Bolsonaro planeja registrar sua candidatura antes da votação de 2026, apesar da proibição, apostando na pressão de Trump sobre os juízes brasileiros para atrasar a execução da decisão de 2023 por tempo suficiente para concorrer ao pleito presidencial. “Contanto que o tribunal eleitoral não recuse meu registro, ele é válido”, disse. “Eles podem simplesmente adiar o máximo possível…até a eleição acabar.”

Sanções econômicas contra o governo de Lula

Questionado sobre a natureza de possíveis sanções dos EUA sob Trump, Bolsonaro citou as sanções de petróleo de Washington à Venezuela. “Trump também tem se preocupado muito com a Venezuela e discutiu comigo maneiras pelas quais podemos devolvê-la à democracia”, disse Bolsonaro.

O governo Lula recusou a comentar as afirmações do ex-presidente. Um porta-voz do novo governo de Trump não respondeu a um pedido de comentário. Um representante do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, também não quis comentar.


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