Diretor de Política Monetária do BC fala sobre a importância do controle da inflação
Em encontro com empresários na noite de quinta-feira (28), Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central (BC) e futuro presidente da instituição, reforçou que a autarquia fará o que for necessário para levar a inflação à meta de 3%. Galípolo afirmou que é normal ter de subir os juros durante um mandato de quatro anos na autoridade monetária e que, se alguém espera ser sempre aplaudido, talvez o BC não seja o lugar adequado. Ele ressaltou que a função do Banco Central é explicar tecnicamente à sociedade as razões das decisões tomadas e que a instituição tem autonomia para tocar a política monetária que quiser. Galípolo também destacou que a inflação é uma questão mais prejudicial à população do que os juros e que o BC está comprometido em perseguir a meta de inflação, apesar da desancoragem das expectativas inflacionárias.
A importância do controle da inflação
Gabriel Galípolo enfatizou que a função do Banco Central é controlar a inflação e que a instituição tem autonomia para tocar a política monetária que quiser. Ele ressaltou que a inflação é uma questão mais prejudicial à população do que os juros e que o BC está comprometido em perseguir a meta de inflação, apesar da desancoragem das expectativas inflacionárias. O diretor de Política Monetária também afirmou que o Banco Central está sentado no banco do motorista, ou seja, no controle, com direção, freio, acelerador e todas as ferramentas. Ele destacou que a instituição segue firme em seu compromisso em perseguir a meta de inflação e que a atual desancoragem das expectativas inflacionárias incomoda o corpo diretivo da autarquia.
A liberdade de atuação de sua gestão
No encontro com empresários, Gabriel Galípolo foi questionado sobre a liberdade de atuação de sua gestão e se faria um contraponto ao presidente da República. Ele respondeu que o BC se dedica a olhar exclusivamente ao que acontece com a inflação e que as reações e função de reação do Banco Central não buscam se contrapor a isso ou aquilo. O mandato é buscar a meta de inflação.
Impacto da inflação é pior para população do que o dos juros
Gabriel Galípolo afirmou que o impacto da inflação é pior para a população do que o dos juros e que o mal maior seria não agir diante da pressão do câmbio desvalorizado e da atividade econômica aquecida sobre os preços. Ele evitou fazer comentários sobre a política fiscal, ainda que reconhecendo o empenho do ministro da Fazenda. Galípolo frisou que a bola do BC é a inflação, sendo os juros o instrumento da autoridade monetária para controlar a alta dos preços.