Protestos na Geórgia
Mais de 200 pessoas foram detidas após quatro noites de protestos na capital da Geórgia. A suspensão das negociações para aderir à União Europeia, por parte do governo, gerou manifestações em massa. O partido governista Sonho Georgiano venceu as eleições parlamentares de outubro, o que gerou acusações de fraude por parte da oposição e da presidente pró-Ocidente do país. Dezenas de milhares de manifestantes se reuniram do lado de fora do parlamento pelo quarto dia consecutivo no domingo. O Ministério do Interior da Geórgia informou que 224 manifestantes foram detidos. A presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, afirmou que muitos dos manifestantes presos apresentavam ferimentos na cabeça e no rosto, incluindo ossos quebrados. A UE concedeu à Geórgia o status de candidata em dezembro de 2023, mas suspendeu sua adesão e cortou o apoio financeiro no início deste ano, após a aprovação de uma lei de “influência estrangeira”. O partido Sonho Georgiano tem adotado leis repressivas semelhantes às da Rússia, que restringem a liberdade de expressão e os direitos LGBTQ+. Uma lei que proíbe casamentos entre pessoas do mesmo sexo, adoções por casais do mesmo sexo e a promoção de relações e pessoas LGBTQ+ na mídia entrou em vigor na segunda-feira.