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Críticas a sotaque estrangeiro podem ser assédio racial, diz tribunal britânico

Tribunal britânico reconhece que críticas a sotaque estrangeiro podem configurar assédio racial

Criticas a sotaque estrangeiro são assédio racial

O Tribunal de Apelações Trabalhistas (EAT) do Reino Unido reconheceu que críticas a um sotaque estrangeiro podem ser consideradas assédio racial, depois que uma brasileira entrou com uma ação contra a universidade onde trabalhava por ouvir críticas sobre seu “forte” sotaque brasileiro.

Elaine Carozzi, que trabalhava como gerente de marketing na Universidade Hertfordshire, relatou que, apesar de sua fluência na língua inglesa, colegas e superiores faziam críticas sobre o seu sotaque, o que teria impactado sua atuação profissional e limitado sua participação em reuniões importantes.

De acordo com a reportagem, em 2021, o tribunal de primeira instância rejeitou as acusações, argumentando que os comentários sobre seu sotaque não estavam relacionados à raça. No entanto, o juiz James Tayler, do Tribunal de Apelações, considerou que houve erros nessa decisão. Com isso, Elaine venceu uma batalha legal para que parte de seu caso seja reavaliado.

Reexame do caso

Tayler destacou que, embora as declarações dos gestores de Carozzi não tivessem sido motivadas por preconceito racial, ainda poderiam estar conectadas à sua origem e, portanto, poderiam violar sua dignidade. Ele ordenou que partes do caso fossem reexaminadas por um novo tribunal.

Em comunicado ao The Telegraph, a Universidade de Hertfordshire afirmou que não foram constatadas práticas discriminatórias relacionadas ao caso.


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