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Economista alerta para impacto da piora econômica no Brasil em 2025

Roberto Padovani, economista-chefe do banco BV, afirma que a piora econômica no Brasil deve impactar a demanda por crédito e a confiança de consumidores e empresários.

Economia brasileira pode ser afetada pela piora econômica

O economista-chefe do banco BV, Roberto Padovani, afirmou que os resultados do quarto trimestre devem ser impactados pela piora do cenário econômico brasileiro, o que pode atrapalhar a demanda por crédito e a confiança de consumidores e empresários. A disparada recente do dólar e a piora das condições financeiras ajudam a ampliar a pressão na inflação, e com isso o custo do crédito tende a subir, em um ambiente de famílias já endividadas.

Impacto Negativo

Padovani afirmou que os mercados financeiros e o noticiário acabam entrando na conta das condições financeiras e confiança, com impacto negativo. Os efeitos vão se juntando e são cumulativos, até chegar efetivamente na ponta, no comércio e na produção. Ele calcula uma expansão de 0,3% no quarto trimestre e de 2% em 2025. Especialistas já tinham a expectativa de desaceleração do Produto Interno Bruto no quarto trimestre e também em 2025, principalmente como efeito de um menor impulso fiscal, fator importante de estímulo ao consumo no ano.

Barra alta

Gabriel Couto, economista do Santander, avaliou que o impulso fiscal tende a ser negativo no próximo ano, a despeito da discussão do pacote. Ele acredita que a atividade econômica à frente ficará presa em uma conjunção de impulsos baixistas, fiscal e monetário negativos ao mesmo tempo, levando a expansão econômica a desacelerar a 1,8% em 2025. Soma-se a isso a pressão cambial que, segundo Padovani, conecta-se com o PIB, uma vez que a alta do dólar com economia aquecida significa que as empresas terão pressão de custos, mas principalmente terão espaço para repassar esse custo sem perder mercado.

Decisão do Banco Central

O Banco Central realiza sua última reunião de política monetária do ano na próxima semana, com a Selic atualmente em 11,25%. As apostas são de que o Comitê de Política Monetária pode voltar a apertar o passo e decidir por um aumento de 0,75 ponto percentual. Couto afirmou que o câmbio desvalorizado pode contar um pouco o vazamento externo da demanda, mas tem a questão de inflação, que pode corroer a renda das famílias e tem impacto direto sobre o consumo, forças meio conflitantes que deixam incerto o impacto para ano que vem.


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