Empresas da B3 distribuem R$14,77 bi em proventos em novembro
As empresas listadas na Bolsa brasileira, a B3, pagaram, em novembro, R$ 14,77 bilhões em proventos aos acionistas. É o que revela um levantamento realizado pela Meu Dividendo, plataforma especializada na antecipação de proventos. É esperado, somente para o mês de dezembro, um volume superior a R$ 50 bilhões.
A temporada de resultados do 3º trimestre deste ano surpreendeu analistas de mercado com números promissores para a maior parte das companhias. Isso se reflete no grande volume de proventos anunciados durante todo o período de divulgação dos resultados.
No entanto, o ano de 2024 deverá ocupar o terceiro lugar no ranking de proventos distribuídos, ficando atrás de 2022 e 2021.
Investimento em si próprias
O bom desempenho das empresas parece não animar o mercado, que tem reclamado da falta de um plano robusto de equilíbrio das contas públicas.
"O desânimo dos investidores em 2024 tem feito com que as companhias reavaliem suas estratégias e invistam em si próprias. Não por acaso, existem hoje registrados na B3 mais de 100 processos de recompra de ações pelas empresas da Bolsa, o que representa mais de 20% do total de empresas, considerando que existem atualmente apenas 428 empresas listadas", afirma Wendell Finotti, CEO da plataforma Meu Dividendo.
Formato JCP
O levantamento mostra que a proporção de pagamento de proventos no formato JCP (Juros sobre Capital Próprio) deve encerrar o ano em 40%, uma queda de 7% em relação a 2023.
O segundo semestre é marcado pelo pagamento de proventos no formato JCP, momento em que as empresas já anunciaram os resultados de encerramento do ano anterior e promoveram o pagamento de dividendos seguindo suas políticas de distribuição de dividendos aprovadas, utilizando o instrumento de JCP como forma de planejamento tributário e remuneração aos acionistas.
Prazo pagamento de proventos
Por fim, ainda segundo o estudo, de janeiro até novembro deste ano, o investidor está demorando, em média, 60 dias para receber seus proventos desde a Data Com, uma queda de 10% no prazo em relação ao mesmo período de 2023.