Inflação em alta: saiba o que está pesando no bolso do consumidor brasileiro
Fazer a lista das compras do mês sempre é motivo para “dor de cabeça” com a inflação nas alturas, o que torna a tarefa ainda mais desafiadora. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostrou que os preços cresceram 0,56% em outubro.
Atualmente, o IPCA está em 4,76% no acumulado de 12 meses até outubro – valor acima do teto da meta. A meta inflacionária para 2024 é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo (4,5% e 1,5%).
Alimentos
Além da energia, que avançou 4,74% em outubro, o preço dos alimentos vem impulsionando os resultados da inflação. O grupo Alimentação e Bebidas registrou alta de 1,06%. Em termos de impacto, ele exerceu influência de 0,23 ponto percentual no IPCA.
Em outubro, o destaque foi o aumento de 5,81% no valor das carnes – maior variação mensal desde novembro de 2020, quando chegou a 6,54%. O impacto do preço das carnes foi de 0,14 ponto percentual no índice geral.
“O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, explicou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Alimentos mais caros e mais baratos
Sabendo disso, com que pensamento o consumidor brasileiro deve ir ao mercado? O Metrópoles listou alguns alimentos que ficaram mais caros e outros que ficaram mais baratos em outubro.
Confira os alimentos mais caros:
- Carnes (5,81%)
- Óleos e gorduras (2,91%)
- Pescados (1,52%)
- Bebidas e infusões (1,5%)
E os produtos mais baratos:
- Tubérculos, raízes e legumes (-2,51%)
- Hortaliças e verduras (-1,36%)
- Frutas (-1,06%)
Alimentação fora do domicílio
A alimentação no domicílio, ou seja, as compras feitas em supermercados e que serão consumidas dentro das casas das famílias brasileiras, passou de 0,56% (em setembro) para 1,22% (em outubro).
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, registrou variação de 0,65%, superior a de setembro (de 0,34%). Já a refeição subiu de 0,18%, em setembro, para 0,53%, em outubro, enquanto o lanche acelerou de 0,67% para 0,88%.
As altas foram:
- Doces (1,09%)
- Cerveja (0,89%)
- Cafezinho (0,86%)
- Sorvete (0,27%)
- Refrigerante e água mineral (0,21%)
Enquanto consumir vinho (-2,01%) e outras bebidas alcoólicas (-0,38%) fora de casa ficou mais barato.
As informações são do Metrópoles.
Júlio Rossato