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PIB brasileiro cresce 0,9% no 3º trimestre e pode indicar inflação

O produto interno bruto brasileiro cresceu 0,9% no 3º trimestre, o que pode indicar um risco inflacionário. Economistas preveem alta de 3,5% no PIB em 2024.

PIB brasileiro cresce 0,9% no 3º trimestre e pode indicar inflação

O IBGE divulgou que o produto interno bruto brasileiro cresceu 0,9% no 3º trimestre. Esse crescimento pode indicar um risco inflacionário, já que a economia pode estar crescendo acima do seu potencial.

Previsão de alta de 3,5% no PIB em 2024

As casas de investimentos estão atualizando suas previsões de PIB para 2024 e a maioria prevê uma alta de 3,5%. A economista do C6 Bank, Claudia Moreno, destaca que os dados de atividade econômica registrados até agora adicionaram um viés de alta para a projeção de crescimento do PIB de 2024. No entanto, para manter esse ritmo de crescimento de maneira sustentável, é necessário que o país tenha ganhos de produtividade.

Impulso fiscal e alta na Selic

O impulso fiscal desde 2023, via aumento de gastos do governo, vem contribuindo para o forte crescimento do PIB nos últimos dois anos, segundo Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter. No entanto, o crescimento mais acelerado da economia já está no radar do Banco Central, e a expectativa é de alta de 75 bps na Selic na reunião de dezembro. Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, diz que a demanda permanece firme, explicada tanto pela força do consumo das famílias quanto por investimentos.

Projeções para 2025

A projeção da XP para o PIB de 2025 é de crescimento mais moderado, de 2%, em linha com o aperto das condições financeiras, como inflação e taxa de juros, depreciação cambial, redução do impulso fiscal e o fim da ociosidade nos fatores de produção. Já o Bradesco prevê que a economia cresça 2,4% em 2025. Daniela Lima, economista-chefe para o Brasil da Kinea Investimentos, alerta que os números reforçam a percepção de uma economia que está em superaquecimento e que o Banco Central deve acelerar o ritmo de alta para 75 bps na próxima reunião, entregando uma Selic mais próxima dos 14% nesse ciclo.


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