Índice da Alemanha atinge novo recorde
As ações fecharam em um novo pico em um mês nesta quarta-feira na Europa, com o principal índice da Alemanha terminando acima dos 20.000 pontos, enquanto as atenções estão voltadas para a França, onde um voto de desconfiança no Parlamento provavelmente destituirá o governo do primeiro-ministro Michel Barnier.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou com ganho de 0,37%, a 517,45 pontos, e marcou sua quinta sessão consecutiva de avanços, com as ações de varejo liderando os ganhos setoriais, em alta de 2,2%.
Expectativa de mudanças no governo francês
O índice de referência da França, o CAC-40, fechou em alta, com o debate sobre o voto de desconfiança em andamento, antes da votação prevista para entre 15h30 e 16h00 (horário de Brasília).
A expectativa é de que o frágil governo de três meses de Barnier seja forçado a sair em um momento em que o país está lutando para controlar um enorme déficit orçamentário. O presidente francês Emmanuel Macron disse que pretende instalar um novo primeiro-ministro rapidamente se o governo cair.
Incerteza política afeta setor de serviços
A incerteza política da França também atingiu o setor de serviços, segundo os dados, enquanto a atividade comercial da zona do euro caiu acentuadamente.
O caos político na França pesou sobre o CAC-40, que tem queda de mais de 3% este ano e é a maior baixa entre seus pares. O euro perde mais de 4% este ano, enquanto os spreads entre os títulos franceses e alemães aumentaram para um pico em 12 anos.
SAP impulsiona índice alemão
O índice de referência da Alemanha, o DAX, subiu 1% e fechou acima da marca de 20.000 pontos pela primeira vez, impulsionado pelo avanço de 3,7% da SAP.
Enquanto isso, a AstraZeneca e a Novartis perderam cerca de 3% cada, pressionando para baixo o índice do setor de saúde, depois que o HSBC cortou o preço-alvo da primeira e rebaixou o da segunda para “underweight”, de “overweight”.
Montadora Stellantis em alta
O setor automobilístico foi um dos que mais ganharam, com a Stellantis em alta de 1,3%, depois que uma reportagem afirmou que o diretor financeiro demissionário da Apple pode se tornar o novo presidente-executivo da montadora ítalo-francesa. A empresa posteriormente negou as informações.