Milhares de manifestantes pedem renúncia do presidente
Milhares de manifestantes marcharam na noite (período da manhã no Brasil) desta quarta-feira (4) rumo à sede da presidência da Coreia do Sul para pedir a renúncia do presidente Yoon Suk-yeol, após uma tentativa fracassada de autogolpe na terça-feira. Outros protestos em diversas partes do país também pedem que Yoon deixe o cargo e os principais sindicatos sul-coreanos articulam uma greve geral contra o presidente.
Crise política
A crise começou depois que Yoon, um ultraconservador, declarou Lei Marcial no país, acusando a oposição de colaborar com o regime comunista da Coreia do Norte. Em minoria no Parlamento desde que venceu por estreita margem a eleição de 2022, Yoon estava sofrendo uma série de derrotas legislativas.
Moção de impeachment
Mais cedo, partidos de oposição apresentaram uma moção de impeachment do presidente. O impeachment de Yoon exigiria o apoio de dois terços do parlamento para a moção e, então, o apoio de pelo menos seis juízes da Corte Constitucional. A moção submetida em conjunto pelo principal partido de oposição, o Partido Democrata, e cinco partidos menores de oposição, pode ser colocada em votação já na sexta-feira.
Conselheiros e secretários renunciam
Os principais conselheiros e secretários de Yoon se ofereceram para renunciar coletivamente e os membros de seu gabinete, incluindo o Ministro da Defesa Kim Yong-hyun, também enfrentam pedidos para renunciar.
Violando a Constituição
O Partido Democrata, de oposição liberal, que detém a maioria no Parlamento de 300 cadeiras, em comunicado que os legisladores decidiram pedir que Yoon renuncie imediatamente, caso contrário, tomarão medidas para o impeachment. “A declaração de lei marcial do presidente Yoon Suk Yeol foi uma clara violação da Constituição. Não cumpriu nenhuma exigência para declará-la”, alegou o Partido. “Sua declaração de lei marcial era originalmente inválida e uma grave violação da constituição. Foi um grave ato de rebelião e fornece bases perfeitas para seu impeachment.”
Com agências internacionais.
Júlio Rossato