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Dicas para usar a segunda parcela do 13º salário

Especialistas recomendam quitar dívidas com juros elevados e garantir uma reserva de emergência

Planeje o uso do 13º salário

O 13º salário é um dinheiro extra que pode ser usado para melhorar a situação financeira. Para quem está esperando a segunda parcela do benefício, educadores financeiros recomendam usar a renda extra como uma ferramenta de organização financeira. O valor deve ser planejado com cuidado, ainda que a gratificação de Natal costume ser usada para o consumo imediato.

92,2 milhões de brasileiros receberão o 13º

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 92,2 milhões de brasileiros receberão o pagamento do 13º neste ano, com valor médio do benefício em R$ 3.096,78, considerando as duas parcelas. A previsão é de que sejam injetados R$ 321,4 bilhões na economia.

Reduza dívidas com juros acima de 3% ao mês

Para quem está endividado, especialistas recomendam quitar dívidas com juros elevados. Jeff Patzlaff, planejador financeiro CFP® e especialista em finanças comportamentais, destaca que é essencial quitar o mais rápido possível qualquer dívida com juros acima de 3% ao mês. Cassius Leal, fundador da Advys Contabilidade, frisa que pagar dívidas com altas taxas de juros traz alívio financeiro imediato e melhora a saúde do orçamento.

Crie uma reserva de emergência

Se as dívidas estão sob controle, o próximo passo é garantir uma reserva de emergência. O montante deve ser capaz de cobrir entre três e seis meses de despesas essenciais, evitando o uso do crédito atrelado aos juros em caso de imprevistos. O 13º salário pode ser usado na construção disso. A recomendação é fazer alocações em investimentos de maior liquidez e com baixo risco. Guilherme Almeida, economista e especialista em educação financeira da Suno Research, recomenda a aplicação do salário extra em títulos públicos. Jeff Patzlaff recomenda o investimento em Certificados de Depósito Bancário (CDB), pagando 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Invista em planos de previdência privada

Se o trabalhador estiver pensando em longo prazo, o 13º salário pode ser usado em um plano de previdência privada. Cássia Yamada, superintendente comercial da Brasilprev, aponta que a aplicação pode ser feita por qualquer pessoa, independentemente da idade. Ela lembra que a previdência privada pode ser uma alternativa interessante para quem é mais conservador com as finanças, sobretudo se a liquidez não for uma questão.

Escolha ativos de acordo com o perfil de risco

Para quem busca rentabilizar mais o 13º salário, há opções nas ações e nos ETFs. Segundo Cassius Leal, essas modalidades oferecem a possibilidade de retornos mais expressivos ao longo do tempo, mas exigem disciplina e análise criteriosa. É importante escolher ativos que tenham um alinhamento claro com os objetivos financeiros, e evitar investimentos especulativos. Para quem tem pouco contato com o mundo dos investimentos, a prioridade deve ser a segurança e a liquidez, com opções como Tesouro Selic e CDBs com liquidez diária.

Crie metas financeiras mensais e automatize aplicações

Por fim, os especialistas lembram que é importante criar metas financeiras mensais e automatizar aplicações para manter a disciplina mês a mês. O 13º salário pode ser um aliado importante para reorganizar as finanças e alcançar objetivos de médio e longo prazo.


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