Governador de SP admite erro em críticas a câmeras corporais da PM
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), admitiu nesta quinta-feira (5) ter se equivocado nas críticas que fez ao uso de câmeras corporais por parte da Polícia Militar do estado (PM-SP).
O “mea-culpa” do chefe do Executivo paulista é feito dias depois da veiculação de um vídeo que mostra um policial militar jogando um homem de cima de uma ponte, na zona sul da capital paulista. Nesta manhã, o soldado Luan Felipe Alves Pereira foi preso após prestar depoimento à corregedoria da PM.
“Eu admito, estava errado. Eu me enganei, e não tem nenhum problema eu chegar aqui e dizer para vocês que eu me enganei, que eu estava errado, que tinha uma visão equivocada sobre a importância das câmeras”, afirmou Tarcísio a jornalistas.
Novos modelos de câmeras corporais
Tarcísio afirmou ainda que não deverá substituir as câmeras corporais usadas atualmente pela PM – que possuem gravação ininterrupta, de baixa qualidade, sem que o usuário acione qualquer botão. O governador disse que, antes disso, são necessários testes que certifiquem a segurança e eficácia de um novo modelo.
O período de testes com as novas câmeras corporais deve ter início no dia 10. O governo de São Paulo renovará o contrato com a fornecedora dos equipamentos antigos até que a fase de testes seja finalizada.
Uso das câmeras corporais
Ainda segundo Tarcísio de Freitas, o governo estadual não poupará esforços para intensificar a utilização dos equipamentos no dia a dia dos policiais.
Com os novos modelos, caberá aos policiais militares ligarem a câmara para que a gravação seja iniciada. Por outro lado, há possibilidade de acionamento automático feito pelo Centro de Operações da PM (Copom), de forma remota.
Permanência do secretário de Segurança Pública
Tarcísio de Freitas garantiu que o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, permanecerá no cargo, mesmo após uma série de denúncias envolvendo casos de abuso e violência de policiais militares.
De acordo com dados do Ministério Público, as mortes em abordagens da Polícia Militar de São Paulo aumentaram 46% até o dia 17 de novembro deste ano, na comparação com 2023.
Júlio Rossato