Polícia Militar pede prisão de PM que jogou homem de ponte em São Paulo
A corregedoria da Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) pediu a prisão preventiva de Luan Felipe Alves Pereira, o PM que jogou um homem de cima de uma ponte durante uma abordagem. O caso ocorreu no bairro de Vila Clara, na zona sul da capital paulista, na madrugada da última segunda-feira (2), e foi flagrado em vídeo, exibido pela TV Globo.
Na ação, quatro policiais militares fizeram a perseguição a um motoqueiro. O pedido de prisão é para o policial que atirou o homem da ponte.
“Os 13 policiais envolvidos na ação foram imediatamente afastados de suas funções e respondem a um inquérito policial militar (IPM) conduzido pela Corregedoria da PM. O agente responsável pela agressão foi ouvido e sua prisão foi solicitada à Justiça Militar”, confirmou a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP), por meio de nota.
“O caso também é apurado pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (CERCO) da 2ª Seccional. Diligências estão em andamento para a oitiva da vítima e o esclarecimento dos fatos”, diz o comunicado da pasta.
Caso de violência policial em São Paulo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), garantiu que o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, permanecerá no cargo, mesmo após uma série de denúncias envolvendo casos de abuso e violência de policiais militares.
Tarcísio teve de falar sobre o assunto ao ser questionado por jornalistas na chegada à Câmara dos Deputados, na quarta-feira (4), em Brasília (DF). O governador paulista recebeu uma condecoração de parlamentares.
Indagado sobre recentes casos de violência policial em São Paulo, Tarcísio se negou a falar a respeito de episódios específicos. Ao ser perguntado se Derrite corria risco no cargo, o governador assegurou que não pretende demiti-lo.
De acordo com dados do Ministério Público, as mortes em abordagens da Polícia Militar de São Paulo aumentaram 46% até o dia 17 de novembro deste ano, na comparação com 2023.
Entre janeiro e novembro, 673 pessoas foram mortas por PMs, ante 460 do mesmo período do ano anterior. Dessas mortes, 577 foram praticadas por policiais em serviço, enquanto 96 foram por policiais que estavam de folga.