O trader Douglas Henrique, da Top Gain, começou a operar no mercado financeiro em 2019 e, um ano depois, passou a usar dados macro para tomar decisões de trading. Em entrevista ao programa GainDelas, do canal GainCast, Henrique explicou que acompanha 16 principais ativos do mundo em sua tela de operação, incluindo o S&P 500, o DAX e os índices da bolsa da China, dos juros americanos e do dólar perante os pares de moedas tanto de países desenvolvidos como emergentes. Ele disse que, quando sai uma notícia, como do CPI (índice de preços ao consumidor dos EUA), a gente sabe que quando ele vem acima (do previsto), tem a chance de o dólar ganhar força perante os pares, dependendo do ciclo econômico.
Usando dados macro para operar no mercado financeiro
De acordo com Henrique, o uso de dados macro para tomar decisões de trading pode ajudar a dar uma certeza muito boa, porque vejo os 16 ativos tomando direcional juntos. Ele também destaca que, com o dólar subindo perante todos os pares de moedas, é muito difícil no Brasil não acompanhar. Embora ele tenha facilidade para operar em dias de notícias mais “quentes” no mercado financeiro, Henrique disse que no day trade também não tenta ficar tão preso se o dólar vai subir por causa disso ou daquilo, porque às vezes está enviesado para subir, mas cai.
Analisando dados específicos
Henrique gosta especialmente de olhar três dados divulgados periodicamente: taxas de juros americanas do Fed (divulgado quinzenalmente), CPI e payroll (relatório de emprego dos EUA). Ele explica que, se o payroll vier, por exemplo, com 50 mil vagas a mais do estimado, vai esperar o mercado “dar uma acalmada”. Se vier com 100 mil vagas acima do aguardado, ele entrará na operação, porque a volatilidade, principal momento para atuar no trade, fica grande quando o índice se descola muito da expectativa.
Conclusão
O trader brasileiro Douglas Henrique usa dados macro para tomar decisões de trading. Ele acompanha 16 principais ativos do mundo em sua tela de operação e analisa três dados específicos: taxas de juros americanas do Fed, CPI e payroll. Para Henrique, o uso de dados macro pode ajudar a dar uma certeza muito boa e é especialmente útil em dias de notícias mais “quentes” no mercado financeiro.