Ibovespa Futuro em alta e estado de saúde de Lula são destaques para investidores
O Ibovespa Futuro opera com alta nas primeiras negociações desta terça-feira (10), enquanto investidores acompanham o estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de ele ter sido submetido a uma cirurgia na cabeça. Lula foi submetido na madrugada desta terça-feira a uma craniotomia, cirurgia para drenagem de um hematoma no crânio em decorrência do acidente domiciliar que sofreu em outubro. O presidente está internado no Hospital Sírio Libanês em São Paulo. Haverá uma entrevista coletiva às 9h para detalhar o estado de saúde do presidente.
Pacote de gastos e dados de inflação também são acompanhados
Enquanto isso, o progresso do pacote de gastos enfrenta dificuldades. Ontem, o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que o avanço célere das pautas foi comprometido após o ministro do STF, Flávio Dino, não flexibilizar as exigências para a liberação de emendas parlamentares. Em resposta, o Executivo anunciou que editará medidas para acelerar o pagamento de R$ 6,4 bilhões indicados pelos congressistas, o que pode ajudar a destravar o processo. Ainda assim, a imprensa reporta que Lula ouviu dos líderes partidários que o clima político está muito ruim.
No primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o foco também recai sobre os dados de inflação de novembro, que subiu 0,39 por cento em novembro, após alta de 0,56 por cento no mês anterior. No acumulado de 12 meses até novembro, o IPCA teve alta de 4,87 por cento, contra alta 4,76 por cento do mês anterior.
Sabatina de indicados para a diretoria do Banco Central
Já a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado analisa, a partir das 9h, três indicados para o Banco Central: Nilton David para a diretoria de Política Monetária, Gilneu Viana para a diretoria de Regulação e Izabela Correa, para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
Outros mercados e indicadores
Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com baixa de 0,01%, S&P500 subia 0,07% e Nasdaq Futuro tinha valorização de 0,13%. Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam mistos, com destaque para alta das ações chinesas, impulsionadas pelo anúncio de estímulos de Pequim. Os preços do petróleo operam em baixa, mantendo a maior parte dos ganhos da sessão anterior, enquanto os traders permaneceram focados na incerteza no Oriente Médio em meio a tensões geopolíticas, mesmo com os anúncios da China limitando o lado negativo. As cotações do minério de ferro na China fecharam no maior nível em dois meses, depois que Pequim flexibilizou sua política monetária pela primeira vez em mais de uma década, estimulando apostas de mais estímulos para impulsionar o crescimento econômico do principal consumidor.
Júlio Rossato