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Vice-presidente confunde países em discurso com primeiro-ministro da Eslováquia

Geraldo Alckmin, substituto de Lula, confundiu Eslováquia com Iugoslávia ao agradecer a presença do primeiro-ministro eslovaco.

Vice-presidente confunde países em discurso com primeiro-ministro da Eslováquia

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), fez confusão e trocou Eslováquia por Iugoslávia, ao agradecer a presença do primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, no Brasil, nesta terça-feira (10).

Alckmin assumiu a agenda por causa de uma mudança de plano decorrente da cirurgia de emergência à qual foi submetido Lula. Na madrugada desta terça, o petista passou por uma craniotomia para drenar uma hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido em outubro. O chefe do Executivo federal está na UTI na unidade do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo (SP).

De acordo com Alckmin, a visita de Fico “evidencia” a “política externa universalista brasileira” e que há pontos em comum com a eslovaca. “De norte a sul, leste a oeste, a divisão do mundo em blocos antagônicos é uma armadilha perigosa que devemos evitar. A cooperação é a garantia mais eficaz contra a instabilidade e fragmentação da ordem internacional.”

Alckmin também citou a conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) e que o tratado contou com o apoio da Eslováquia. Segundo ele, o acordo “representa muito mais do que um acordo econômico e comercial”. “Simboliza aproximação de duas regiões capazes de influenciar a governança global e reforça o compromisso de ambas com os regimes multilaterais de comércio e de proteção ao meio ambiente.” De acordo com Alckmin, o texto do tratado se tornou público nesta terça.

Em seu discurso, o vice-presidente também disse ficar satisfeito com a recuperação de Fico após atentado sofrido pelo líder em maio deste ano. “Sua presença hoje é uma oportunidade para repudiar com veemência todo tipo de violência política, independentemente da sua cor ideológica.”

Em maio, Fico foi baleado cinco vezes em um ataque considerado o mais grave a um líder europeu em décadas. As autoridades disseram, na época, que o ato foi uma tentativa de assassinato com motivação política, alimentando temores de que a política cada vez mais polarizada da Europa possa levar à violência.


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