Eletrobras e Copel anunciam swap de ativos
A Eletrobras (ELET3) e Copel (CPLE6) anunciaram na quinta-feira (12) um descruzamento (ou swap) de ativos/participações. A Eletrobras receberá a participação integral da Copel na usina hidrelétrica Colíder, além de 365 milhões de reais no fechamento da operação. A Copel, por sua vez, receberá toda a fatia de 49% da Eletrobras na usina hidrelétrica Mauá e a participação integral de 49,9% da Eletrobras na transmissora Mata de Santa Genebra.
Análise da Genial Investimentos
A Genial Investimentos classificou o evento como positivo para a Eletrobras. A companhia estima um ganho de R$ 235 milhões anuais ao Ebitda consolidado e um caixa à vista de R$ 365 milhões. Do ponto de vista estratégico, segundo a Genial, as alienações feitas pela Eletrobras foram minoritárias e o controle operacional da UHE dá maior controle à gestão e sinergias com a operação no rio Teles Pires. A Genial Investimentos reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 52 para ações da Eletrobras.
Análise do BBI
Para o BBI, descruzamento de ativos foi um ótimo negócio para a Copel e um bom negócio para a Eletrobras. O BBI ainda projeta um VPL de R$ 58 milhões, com corte de despesas gerais e administrativas na Mata de Santa Genebra em R$ 12 milhões por ano. Com relação a Eletrobras, o BBI comenta que ela está adquirindo 100% de um ativo hidrelétrico que está majoritariamente contratado (70% vendido no mercado regulado). Com esse movimento positivo de fusões e aquisições, e após uma mensagem sólida e convincente da administração sobre disciplina de alocação de capital no Dia do Analista da Copel, o BBI também vê a tese de investimento reduzindo o risco. A Copel, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 12,50, lidera o grupo de quatro ações preferidas do BBI para 2025, que também inclui Sabesp (SBSP3), Equatorial (EQTL3) e Eletrobras (ELET3).
Júlio Rossato