Especialistas defendem proibição de celulares em sala de aula
A proibição do uso de celulares em sala de aula, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, tem o apoio de especialistas. Sandhra Cabral, do portal ‘Educar para Ser Grande’ e professora da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), afirmou que a proibição é necessária porque muitos brasileiros não são ensinados sobre o uso correto da internet. Segundo ela, a proibição poderá ajudar a melhorar a relação entre professores e alunos. No entanto, a professora acredita que a medida não terá um impacto totalmente positivo em crianças e adolescentes no início da implementação da proibição, pois eles estarão ansiosos para usar seus celulares. Andreia Schmidt, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), também é a favor da proibição porque acredita que a escola será o local onde crianças e adolescentes ficarão longe das telas, permitindo que interajam melhor com as pessoas, sejam professores ou colegas.
Aulas de educação midiática são necessárias
Sandhra Cabral destaca que é preciso adotar aulas de educação midiática dentro das disciplinas curriculares para ensinar as crianças sobre o uso correto da internet e como diferenciar fatos de opiniões. Ela observa que, apesar da lei federal de 1º de janeiro de 2023, que orienta as escolas a terem educação midiática, nenhuma escola adotou ainda essa medida. Segundo Sandhra, essa educação é importante para evitar a propagação de fake news e desinformação. A professora também destaca que a flexibilização do uso de celulares para fins pedagógicos pode ajudar a diminuir a ansiedade das crianças em relação à proibição.
Proibição entra em vigor em fevereiro
A resolução para proibir o uso de celulares em sala de aula entrará em vigor em 3 de fevereiro.
Júlio Rossato