Embaixada chinesa em Londres critica políticos britânicos por barrar empresário chinês
A embaixada da China em Londres disse que os políticos britânicos devem evitar fazer calúnias contra Pequim, após o Reino Unido barrar a entrada de um empresário chinês com fortes vínculos com o príncipe Andrew no país, com base em questões de segurança nacional.
A Câmara dos Comuns realizou na segunda-feira (16) uma sessão para discutir Yang Tengbo, o lobista de 50 anos nomeado pelo Tribunal Superior como banido da Grã-Bretanha, e o Departamento de Trabalho do Front Unido do Partido Comunista Chinês, que lida com relações com organizações não partidárias, e que um painel parlamentar do Reino Unido disse no ano passado que havia penetrado “todos os setores da economia do Reino Unido.” Isso provocou uma reprimenda da embaixada chinesa.
Críticas da embaixada chinesa
“Exortamos o lado britânico a imediatamente parar de criar problemas, parar com as manipulações políticas anti-China e parar de minar as trocas normais de pessoal entre a China e o Reino Unido”, disse um porta-voz da embaixada em um comunicado em seu site. “Este é um caso típico de um ladrão gritando ‘peguem o ladrão.’ O que eles realmente pretendem é difamar a China, atacar a comunidade chinesa no Reino Unido e minar as trocas normais de pessoal entre a China e o Reino Unido.”
As observações severas da embaixada abordaram o que o porta-voz descreveu como “clamores anti-China feitos por um punhado de parlamentares britânicos”, uma aparente tentativa de evitar críticas diretas ao governo britânico.
Esforços do primeiro-ministro Keir Starmer
Provavelmente será lido como um novo teste para os esforços do primeiro-ministro Keir Starmer de melhorar as relações econômicas e diplomáticas com a China desde que venceu as eleições gerais do Reino Unido em julho.
“O lado britânico deve ter uma percepção correta da China, ver claramente a tendência histórica e lidar com suas relações com a China com base no respeito mútuo, na não interferência nos assuntos internos um do outro, na igualdade e no benefício mútuo”, disse o porta-voz.
Negação de espionagem
Tanto o Ministério das Relações Exteriores da China quanto Yang — um ex-conselheiro de negócios do príncipe, que é irmão do rei Charles 3º — negaram que ele seja um espião. Lin Jian, um porta-voz do ministério chinês, disse na terça-feira (17) a repórteres que a acusação de espionagem contra a China “é ridícula.”
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