Ibovespa Futuro sobe após ata do Banco Central e receios fiscais
O Ibovespa Futuro opera em alta nas primeiras negociações desta terça-feira (17), com investidores digerindo a ata da última reunião de política monetária do Banco Central em meio a receios com o cenário fiscal e cautela antes da decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros dos Estados Unidos.
Na minuta, o BC observa uma deterioração em componentes que afetam a política de juros, como câmbio, inflação corrente e expectativas de mercado, vendo os impulsos fiscal e de crédito no país como elementos que estão contribuindo para uma redução do efeito do aperto monetário colocado em curso para domar a inflação.
Enquanto isso as preocupações de que o governo possa não conseguir a aprovação de suas medidas de contenção de gastos no Congresso tal como foram propostas até o fim deste ano vêm dominando o mercado e impulsionando o dólar a novos recordes ante o real.
A Câmara dos Deputados pode votar nesta terça um dos projetos que regulamenta a reforma tributária, o PLP que especifica reduções de alíquotas para diversos setores.
Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com queda de 0,38%, S&P500 recuava 0,28% e Nasdaq Futuro tinha desvalorização de 0,09%.
O dólar à vista operava com alta de 0,75%, cotado a R$ 6,140 na compra e R$ 6,141 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,02%, a 6.159 pontos.
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente no campo negativo, enquanto os investidores aguardam a decisão do banco central dos EUA.
Pequim planeja definir uma meta de crescimento anual de cerca de 5% para o próximo ano e aumentar o déficit orçamentário para 4% do produto interno bruto.
Os preços do petróleo operam em baixa, com os investidores preocupados com a demanda chinesa e aguardando novas orientações do mercado a partir da decisão sobre a taxa de juros dos EUA, prevista para quarta-feira.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em leve alta, com os mercados avaliando a desaceleração dos embarques diante da fraca demanda da China.
(Com Reuters)
Júlio Rossato